São Paulo, domingo, 16 de abril de 1995
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Um laboratório sem empolgação

TELÊ SANTANA

Começou ontem o segundo turno do Campeonato Paulista. Até agora, o torneio não empolgou.
Serviu mais para o ajuste das equipes e para os técnicos tirarem conclusões sobre seus jogadores. É o que podemos chamar de laboratório.
As duas equipes que mais se destacaram na primeira fase foram Portuguesa e Palmeiras.
A Portuguesa, que venceu o turno, se destacou pela regularidade. Mas, na minha opinião, a melhor equipe paulista permanece sendo o Palmeiras.
Mesmo com a saída de alguns valores importantes, o time continua apresentando um padrão de jogo muito forte.
O clube contratou Mancuso para o lugar de César Sampaio e Válber para a vaga de Zinho.
Só encontraram problemas, no início, para achar um substituto para o atacante Evair.
O São Paulo não teve a produção que esperávamos. O time apresentou muitos altos e baixos; mais baixos até do que altos.
Isso tem explicação: o time mudou muito nesse primeiro turno.
Foram problemas de suspensão, convocação de jogadores para a seleção brasileira e, principalmente, contusões.
Só na lateral esquerda, perdemos os dois jogadores da posição -André e Ronaldo Luís- e fomos obrigados a improvisar. Eles fizeram muita falta porque estão entre os melhores laterais do país.
Mesmo com todos esses problemas, ficamos entre os primeiros do campeonato.
A torcida são-paulina precisa ter um pouco mais de paciência e entender o momento de dificuldade que o time atravessa.
Temos um elenco muito bom, que vai se recuperar quando estiver completo.
Para o segundo turno, acredito em uma melhora acentuada do São Paulo e também de equipes como o Guarani e o Corinthians.
A motivação aumenta pela busca do ponto extra e da classificação entre os sete primeiros colocados.
O que se espera também é uma melhora das arbitragens, que nunca estiveram tão ruins.
E o problema é no Brasil todo, não só em São Paulo.
Nós vimos até erros técnicos de juízes do quadro da Fifa. Isso não pode continuar.
Os árbitros são muito fracos, inclusive a nova geração, e não há cobrança por parte da Federação Paulista e da Comissão de Arbitragem.
Pelo contrário: em vez de mostrarem os erros e punirem os juízes ruins, eles os defendem a qualquer custo.
Contra o São Paulo, parece haver uma perseguição. Deixamos de ganhar os dois últimos jogos do primeiro turno porque os juízes marcaram pênaltis inexistentes contra nós.

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