São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995 |
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Nova técnica pode evitar transplante de coração
MÔNICA SANTANNA
A técnica consiste na retirada de um pedaço do lado esquerdo do músculo do coração (ventriculectomia parcial) dos pacientes que têm o órgão dilatado e apresentam insuficiência cardíaca. Ela foi desenvolvida pelo médico Randas Batista, que realizou a primeira cirurgia há 11 anos (o paciente, segundo o médico, mora no Paraguai e passa bem). "É como se fosse tirado um peso de cima do coração", diz o médico, formado há 25 anos na Universidade Federal do Paraná. Ele disse que só em 94 o hospital Angelina Caron passou a realizar a operação com frequência. De acordo com Batista, antes não havia leitos e equipamentos disponíveis. Batista afirmou que a cirurgia faz com que o coração volte a trabalhar normalmente e o paciente possa aguardar o doador para fazer o transplante. Conforme o caso, o transplante pode ser evitado. "A nova técnica permite reduzir o número de mortes dos pacientes na fila de espera do transplante", diz Batista. A técnica colocou o hospital Angelina Caron como referência para médicos do Brasil, Europa e EUA. Segundo Batista, 30 médicos estiveram no hospital nos últimos meses para aprender a técnica. "A simplicidade da cirurgia deixou todos fascinados", disse. A cirurgia dura 30 minutos. Texto Anterior: Acidentes ferem 102 em rodovias Próximo Texto: Operado em 94 passa bem Índice |
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