São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasil não vai aderir a tratado, diz Itamaraty
CYNARA MENEZES
"É desnecessário, não ganhamos nada com a adesão. Já temos o compromisso com o Tlatelolco", disse Antonio Guerreiro, da Divisão de Propriedade Intelectual e Tecnologias Sensíveis do Itamaraty, como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores. O tratado do Tlateloco, assinado pela primeira vez em julho de 1968, entrou em vigor no dia 1º de março de 1970, mas só teve a adesão do Brasil em maio de 1994. Os países militarmente nucleares signatários se comprometeram a não transferir aos demais países tecnologia para a criação ou armas nucleares de qualquer tipo. Já os países que não fazem uso militar de energia nuclear, como o Brasil, se comprometeram a não receber transferência de armas ou explosivos nucleares. Todos os países podem desenvolver pesquisa, produção e uso de energia nuclear com fins pacíficos. Segundo Guerreiro, o Brasil deverá enviar o ministro José Eduardo Felício, conselheiro junto à ONU (Organização das Nações Unidas), como representante do país para a reunião do Tratado de Não-Proliferação, "apenas como observador". Em 1968, quando o TNP foi assinado, o governo brasileiro não quis aderir por considerá-lo "desigual". O tratado permite que países nuclearmente armados continuem explorando o setor, mas impede quem não se armou de fazer pesquisa nuclear não-pacíficas. Em agosto 1986, a Folha informou a existência de um poço supostamente projetado para testes nucleares na Serra do Cachimbo (Pará). O poço foi fechado em 1990 pelo então presidente Fernando Collor de Mello. Texto Anterior: Terror exige profissionais Próximo Texto: Jornal vê armação em escândalo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |