São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995
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Papa dirige mensagem de Páscoa aos curdos, palestinos e indígenas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em mensagem de Páscoa pronunciada diante de 80 mil fiéis na praça de São Pedro, ontem no Vaticano, o papa João Paulo 2º dirigiu-se especialmente a povos de países ou regiões em guerra, como a Bósnia, a Argélia e o Curdistão.
O papa desejou boa Páscoa a todo o mundo em 57 línguas. A Páscoa, em que é lembrada a ressurreição de Jesus Cristo, três dias depois de sua crucificação, é a data mais importante no calendário litúrgico do catolicismo.
Em sua mensagem "Urbi et Orbi" -à cidade (de Roma) e ao mundo-, João Paulo 2º disse que "aos que esperam, no sofrimento, o reconhecimento de suas aspirações mais profundas, como os palestinos, os curdos e os povos indígenas da América Latina, a Igreja propõe o diálogo como único caminho capaz de promover soluções justas".
Curdos e palestinos lutam por estabelecer Estados independentes nas regiões em que vivem; a referência aos índios foi interpretada como tendo sido dirigida aos rebeldes de Chiapas (México).
"Às famílias divididas pela guerra, às vítimas do ódio e da violência, como na Argélia, na Bósnia, no Burundi e no Sudão, a Igreja não hesita em renovar sua mensagem de paz", disse o papa.
Ele exortou aqueles tentados a recorrer às armas -citou Peru, Equador e os países antes ligados à extinta URSS- a não fazê-lo.
Devido ao mau tempo, a missa de Páscoa foi celebrada na Basílica de São Pedro, e não na praça. O papa tem 75 anos e seus auxiliares temiam os efeitos da chuva.

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