São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995 |
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Grevistas se reúnem hoje
FERNANDO ROSSETTI
A decisão será tomada por uma assembléia hoje, a partir das 15h, do lado de fora da Assembléia Legislativa do Estado, no Ibirapuera (zona sul de São Paulo). Evite a região se você não for professor ou funcionário da rede. A avenida Brasil, por exemplo, deve ficar intransitável. É o impasse que prorroga a greve. O governador Mário Covas firmou posição: "Não dá para oferecer mais" do que a proposta de duas semanas atrás. Isto é, um acréscimo mensal de R$ 24 milhões na folha de pagamentos, totalizando R$ 134 milhões por mês para salários da Secretaria de Estado da Educação. O piso vai dos atuais R$ 141 mensais por 20 horas de aula por semana para R$ 180. Funcionários passam a ganhar no mínimo R$ 140. "Ainda achamos muito pouco", diz Loretana Pancera, vice-presidente do CPP (Centro do Professorado Paulista), entidade do prefeito em exercício de São Paulo, Sólon Borges dos Reis. A opinião é a mesma do presidente da Apeoesp -sindicato dos professores, filiado à CUT-, Roberto Felício. Sem uma proposta melhor, as entidades tendem a manter o movimento. Enquanto isso, a greve esvazia. Ontem, após a Semana Santa, vários colégios da cidade de São Paulo e do interior voltaram a ter aulas. Mas nem governo nem entidades grevistas tinham um levantamento de adesão. Hoje, após a reunião de seus representantes regionais, a Apeoesp deve ter um quadro mais preciso da situação. Foi a baixa participação de seus membros que levou a Udemo (sindicato dos diretores) a suspender a paralisação na sexta-feira retrasada. Hoje, o risco para os grevistas é de os supervisores -o topo da carreira do magistério- seguirem o mesmo caminho dos diretores. Texto Anterior: Covas discute com professoras e é vaiado Próximo Texto: Programa quer reduzir trabalho infantil Índice |
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