São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Importações de automóveis explodem no 1º trimestre

LILIANA LAVORATTI; VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As importações de automóveis cresceram 466,37% no primeiro trimestre deste ano, comparadas com o mesmo período de 1994.
O crescimento das importações de automóveis foi o principal item nos sucessivos déficits da balança comercial (quando as importações superam as exportações) de novembro de 94 até março deste ano.
A importação foi impulsionada pela queda da alíquota de 35% para 20%, em outubro de 1994. O governo elevou o imposto de 20% para 32% em fevereiro deste ano e de 32% para 70% no mês passado.
No setor automobilístico, o que se importou nos três primeiros meses deste ano corresponde a 66% do total importado em 1994.
Em março foi registrado o maior aumento nas importações de automóveis, de acordo com dados do setor automotivo enviados ao Ministério da Fazenda. Nesse mês, entraram no Brasil 46,3 mil veículos estrangeiros, contra 42,4 mil unidades importadas em fevereiro.
Intermediação
A Receita Federal já identificou que o aumento das importações levou várias montadoras a usar tradings -empresas de comércio exterior- como intermediárias nas compras em suas matrizes instaladas fora do Brasil. O objetivo da intermediação é pagar menos II.
A Folha apurou que a Fiat, maior importadora entre as montadoras instaladas no Brasil, consultou a Receita para saber se a intermediação das tradings é legal ou não. O documento encaminhado à Receita pelo diretor de Finanças da Fiat, Ezequiel Dutra, alega que a montadora perde competitividade em relação aos demais fabricantes ao importar diretamente.

Texto Anterior: Bovespa sobe 3% em dia calmo no mercado
Próximo Texto: IPI de importados cresce 167%
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.