São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sobrevivente acusa guerrilheiros filipinos de chacina e canibalismo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os guerrilheiros que atacaram e saquearam a cidade de Ipil, no sul das Filipinas, no último dia 4, assassinaram 14 dos 37 reféns que haviam tomado ao fugir da cidade.
Os reféns, todos civis, foram mortos no sábado com machadadas e golpes de facão. Os rebeldes teriam comido partes do corpo de um garoto de 14 anos.
A informação é de Rustico Secundo, um dos dois únicos sobreviventes da chacina. Segundo ele, os reféns foram usados como "escudos humanos e como carregadores pelos rebeldes em fuga. Os mais fracos foram mortos sábado.
Secundo, 24, foi encontrado ferido domingo na selva da ilha de Mindanao pelas tropas que perseguem os guerrilheiros e levado a um hospital em Zamboanga, a capital da Província.
A chacina eleva a 20 o número de reféns assassinados desde o ataque a Ipil, 80 km ao sul de Zamboanga. Na operação contra a cidade, os guerrilheiros saquearam estabelecimentos comerciais e bancos e mataram 53 pessoas.
A única mulher entre os reféns seria a engenheira Jocelyn Ortega, do Departamento de Obras Públicas do governo filipino.
Embora ainda não haja confirmação sobre a identidade dos rebeldes, as autoridades acreditam que se trata do grupo guerrilheiro Abu Sayyaf, um dos vários que querem separar Mindanao das Filipinas (país de maioria católica) e fundar um Estado islâmico.
Há mais de 2.000 soldados do Exército envolvidos na caçada aos rebeldes, dos quais cerca de 40 já teriam sido mortos.

Texto Anterior: Balsa vira no canal da Mancha
Próximo Texto: Menem usa 'comitê social' na campanha
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.