São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995
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Serra descarta novas medidas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, José Serra, disse ontem que "o governo não deseja a recessão" (redução da atividade econômica) nem está preparando medidas novas para conter o consumo.
A declaração do ministro foi uma reação à afirmação do presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, de que "o clima econômico começa a ficar preocupante".
"Não acho que o clima econômico esteja preocupante", rebateu José Serra, ressaltando a determinação do governo em manter a economia em crescimento.
Conforme o ministro, todas as ações do governo têm se orientado justamente no sentido de um crescimento sustentado e duradouro da economia. Isto pressupõe, segundo José Serra, calibrar a velocidade do consumo com a velocidade de aumento de oferta de produtos.
As medidas já tomadas em relação ao consumo tiveram este objetivo. Sem um aumento adequado da oferta, o governo teme que um aumento exagerado de consumo pressione os preços para cima e gere inflação.
Conforme a Fiesp, as empresas paulistas vivem clima de incerteza, por causa dos juros e ameaças do governo de adotar novas medidas anticonsumo.
José Serra disse, porém, que "não há nada específico (sendo estudado) sobre redução de consumo". O governo ainda avalia os efeitos das medidas já adotadas.
O ministro do Planejamento não quis fazer comentários a respeito do "calote fiscal" apontado pela Fiesp.

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