São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995 |
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Força Sindical abandona grupo
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
A central anunciou também, em reunião com empresários na Fiesp, que não aceita assinar o documento sobre essas reformas nem participar de ato de entrega do documento ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em conjunto com a CUT. O motivo principal alegado pelo presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, é a "incoerência" da CUT. "Não assinamos nem participamos de ato com uma central que não é séria. A CUT faz propostas pela reforma mas não quer que elas aconteçam", disse Paulo Pereira da Silva, diretor da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. O documento da Força Sindical classifica o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, de "irresponsável". O presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse que o fato não passa de um "problema político" entre as centrais sindicais, no qual a Fiesp não quer se envolver. "Macaco velho não põe a mão em cumbuca." Mas, segundo Kjeld Jakobsen, da direção da CUT, a Fiesp e "grande parte" das entidades envolvidas na elaboração do documento querem propor a FHC, no ato de entrega, a inversão da pauta de votação das reformas constitucionais no Congresso. A idéia das entidades é iniciar com as reformas tributária e fiscal. A Força Sindical é contra a inversão e deixa isso claro na nota divulgada ontem. A Fiesp negou ontem a existência dessa discussão entre o grupo de entidades. Jakobsen disse que a Força Sindical não fará a "menor falta", principalmente enquanto Medeiros não explicar as denúncias que têm sido feitas contra ele por seu ex-assessor, Wagner Cinchetto. Segundo Cinchetto, Medeiros criou esquema para arrecadar dinheiro junto a empresários. Texto Anterior: CUT e Fiesp propõem taxar grande fortuna Próximo Texto: Clinton quer proteção contra efeito México Índice |
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