São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995
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Saída de dólares volta a superar entrada

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O volume de contratos de câmbio para importações voltou a superar na quarta-feira os fechamentos de contratos de exportação. As importações somaram US$ 315,6 milhões, enquanto as exportações ficaram em US$ 304 milhões. O saldo cambial acumulado no mês -incluindo as transações comerciais e as financeiras- está negativo em US$ 433 milhões.
Em primeiro lugar, contratos de câmbio para importação que estão sendo fechados atualmente que dizem respeito a transações comerciais do segundo semestre de 94. São bancos que assumiram dívidas de importadores e agora estão preferindo liquidar essas operações.
Em segundo lugar, porque a nova alíquota não está sendo suficiente para reduzir as importações a níveis desejáveis ao governo.
Na avaliação do banqueiro, a melhor saída para o governo conseguir controlar as importações é a criação de cotas de importação para alguns produtos, especialmente os automóveis.
O dólar comercial fechou ontem cotado a R$ 0,914, para compra, e R$ 0,916, para venda, valor estável com relação ao dia anterior.
A Bolsa de Valores de São Paulo operou ontem mais calma, depois de três dias de altas expressivas, fechando com variação positiva de 1,6%. O índice Bovespa ficou em 33.842 pontos. O volume de negócios cresceu ontem 12% sobre o dia anterior, ficando em R$ 264,8 milhões.
As taxas dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) ficaram praticamente estáveis, com média de 62,8% ao ano -rendimento bruto de 4,427% ao mês.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,1940%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 7,35% ao mês, projetando 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 7,42% ao mês, projetando 4,29% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 4,7185%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 37% e 63,2% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14% a 16% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 8,88% ao mês, projetando rentabilidade de 5,13% no mês. Para 32 dias (capital de giro): de 80% a 144% ao ano.

No exterior
Prime rate: 9,0% ao ano. Libor: 6,31%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,6%, fechando com 33.842 pontos e volume financeiro de R$ 264,8 milhões. Rio: alta de 1,7%, encerrando a 15.460 pontos e movimentando R$ 16,6 milhões.

Bolsas no exterior
Londres: o índice Financial Times fechou a 2.421,4 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 16.643,06 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,914 (compra) e R$ 0,916 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,912 (compra) e R$ 0,914 (venda). "Black": R$ 0,895 (compra) e R$ 0,905 (venda). "Black" cabo: R$ 0,908 (compra) e R$ 0,911 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,875 (compra) e R$ 0,915 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: queda de 0,26%, fechando a R$ 11,50 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) neste mês acumulado até o dia 19 é positivo em US$ 476,4 milhões. As saídas financeiras superam as entradas de dólares em US$ 909,5 milhões. O saldo total (comercial e financeiro) está negativo no mesmo período em US$ 433,1 milhões.

No exterior
Segundo a "UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,6118. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,37 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 82,00 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 392,5.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou a 4,24% no mês e para maio a 4,66% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 36.200 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para abril fechou a R$ 0,920 e a R$ 0,947 para maio.

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