São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995
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Descoberta vale ouro

Na floresta do Acre, entre Brasil e Peru, vive uma aldeia de índios Ashaninka.
Mesmo longe das cidades, os índios precisam de dinheiro para comprar combustível, como gasolina, sal e outras coisas.
Nessa região há árvores importantes e grandes, como mogno e cedro. A madeira das árvores custa caro e muita gente gostaria de comprá-las. Mas isso destruiria a floresta.
Os ashaninkas resolveram estudar as plantas da região para saber o que pode ser vendido sem prejudicar a mata.
Durante dois anos, um cientista colheu, junto com os índios, amostras da floresta.
Separaram mais de 20 tipos de essências (perfumes), óleos e plantas interessantes para as indústrias de alimentos, perfumes e cosméticos (cremes de beleza).
Entre eles está o óleo de copaíba, remédio natural contra inflamações e machucados. Esse óleo é extraído de uma árvore grande. Os índios fazem um furo no tronco e recolhem o óleo em uma cuia (tipo de prato, vaso).
A pesquisa descobriu plantas diferentes, que os botânicos desconhecem porque ainda não foram estudadas (catalogadas).
Foram gastos uns 80 mil dólares, que os índios conseguiram com entidades de outros países, como Inglaterra e Áustria. A pesquisa foi coordenada pelo Núcleo de Cultura Indígena.
Os índios começam a ganhar dinheiro com o resultado da pesquisa. Agora, há outra preocupação: tirar da mata quantidades que não prejudiquem a floresta.

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