São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 1995
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FBI tem retrato falado de dois suspeitos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As autoridades dos EUA divulgaram os retratos falados de dois homens suspeitos de terem cometido o atentado terrorista de quarta-feira em Oklahoma City e ofereceram US$ 2 milhões de recompensa a quem der informações que levem à sua captura.
Em meio a uma gigantesca operação de investigação em vários países, outros três suspeitos foram detidos em dois Estados norte-americanos vizinhos a Oklahoma.
Em Londres, as autoridades britânicas enviaram de volta aos EUA, para interrogatório, um homem de origem jordaniana que havia deixado o país após o atentado.
Em Roma, a polícia alfandegária italiana encontrou três maletas que não haviam sido reclamadas por seus donos e que continham material que poderia ser usado para fazer bombas.
O FBI (polícia federal norte-americana) divulgou os retratos falados de dois homens que teriam alugado, usando nomes falsos, a camionete usada no atentado. Eles não foram identificados.
Ambos seriam brancos e um deles teria o braço esquerdo tatuado, disse o agente do FBI Weldon Kennedy. Segundo ele, os dois devem ser considerados "armados e extremamente perigosos".
Segundo a TV CNN, a camionete foi alugada em Junction City, Kansas (400 km ao norte de Oklahoma City), na empresa Ryder.
Trata-se da mesma companhia em que foi alugado o furgão usado no atentado contra o World Trade Center de Nova York, em 26 de fevereiro de 1993.
O FBI recusou-se a comentar a prisão, anunciada pela TV CNN, de três outros suspeitos.
Eles foram identificados pela emissora como Assad Siddiqi, detido num motel nos arredores de Oklahoma City, Anisurehanan Siddiqi e Mohammed Chafi, ambos presos em Dallas, Texas (250 km ao sul do local do atentado).
Segundo a CNN, os três alugaram em Dallas a camionete Chevrolet marrom apontada anteontem como suspeita. A placa do veículo foi anotada por um policial na saída de Oklahoma City e verificou-se que era falsa.
Em Nova York, um oficial da polícia disse que Assad Siddiqi trabalha no bairro de Queens como motorista de táxi e é "um possível suspeito. Os três foram detidos por "irregularidades junto ao Serviço de Imigração", disse a CNN.
Em Londres, as autoridades britânicas detiveram no aeroporto de Heathrow um cidadão norte-americano de origem jordaniana que vinha dos EUA e seguiria em outro avião para Amã, na Jordânia.
Inicialmente descrito como um "suspeito", o homem, identificado como Ahbram Abdallah Ammad, foi mais tarde qualificado como "uma testemunha".
A Imigração britânica colocou-o num avião de volta aos EUA, sob escolta, para interrogatório. A TV CNN disse que ele estava voltando aos EUA "voluntariamente".
Em Roma, a polícia italiana apreendeu no aeroporto Leonardo da Vinci três maletas desacompanhadas procedentes de Oklahoma City, via Chicago (norte dos EUA), num vôo da American Airlines. O destino final da bagagem era Amã, num vôo da Alitalia.
Nas maletas foram encontrados abrigos de ginástica, facas, rolos de fio elétrico, pasta de silicone, estanho para solda, pinças e um martelo (que poderiam ser usados na fabricação de bombas), além de um álbum com fotografias de mísseis e carros blindados.
Em Washington, a secretária da Justiça, Janet Reno, ofereceu US$ 2 milhões de recompensa a quem der informações úteis e alertou os cidadãos a não aproximar-se dos suspeitos, "armados e perigosos".

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