São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Tratamento exige cooperação dos pacientes
JAIRO BOUER
É incomum que o tratamento alcance a cura total. Em geral, há uma melhora parcial, com alívio dos sintomas. A correção dos erros alimentares é a primeira parte do processo. Alimentos que levam a pessoa a desenvolver diarréia, cólicas, "queimação" ou gases devem ser eliminados da dieta. Segundo o médico Schlioma Zaterka, as restrições são mais frequentes aos alimentos que causam maior fermentação, como doces, refrigerantes, frituras, batata-doce, repolho, couve, couve-flor, feijão, milho e grão-de-bico. Pessoas que sofrem de obstipação intestinal (prisão de ventre) devem introduzir no cardápio alimentos ricos em resíduos, como arroz, aveia, verduras, frutas com bagaço (laranja), mamão, pêra e ameixa preta. Corrigir "vícios" auxiliam no tratamento. Pessoas que passam o dia trabalhando na rua devem aprender a respeitar o horário das refeições e os sinais do seu corpo. Comer bem (sem pressa e em quantidade adequada) e mastigar com cuidado os alimentos são medidas importantes. Muitas pessoas, mesmo sentindo vontade de evacuar, evitam ir ao banheiro quando estão fora de casa. Esse comportamento prejudica o funcionamento do intestino. Alguns medicamentos também podem ser usados para aliviar os sintomas. Existem remédios para diminuir as dores, acelerar ou retardar o "trânsito" intestinal e até para reduzir os gases. Muitos pacientes necessitam de psicoterapia para tentar controlar a conexão que fazem entre as emoções e os sintomas digestivos. Para Zaterka, sem grande cumplicidade entre médico e paciente, é difícil manter o tratamento. É comum que os pacientes com doenças funcionais troquem de médico com frequência e não se vinculem aos tratamentos. (JB) Texto Anterior: Fim-de-semana ajuda a 'curar' Próximo Texto: Antropóloga e parteira fazem guia de gravidez; O NÚMERO; A Frase; Ar condicionado central pode provocar doenças; Hemofílicos realizam reunião em São Paulo; Livro orienta mulheres que viraram madrastas Índice |
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