São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995
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Fleury tenta uma aproximação com FHC

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Rompido com Orestes Quércia, o ex-governador paulista Luiz Antonio Fleury Filho tenta em Brasília se aproximar do PSDB. Seu objetivo é fazer com que o PMDB, partido dos dois, continue apoiando o governo Fernando Henrique Cardoso.
Fleury está convencido de que o PMDB está se afastando do governo. Essa tendência ocorre principalmente entre os peemedebistas ligados a Quércia.
As pressões começaram na semana passada, na votação do aumento do salário mínimo. Deputados quercistas quiseram, na última hora, desmembrar a votação do mínimo da emenda que aumentava as contribuições da Previdência.
Fleury participaria ontem à noite do aniversário do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Hoje e amanhã, ele conversa com peemedebistas de Estados em que acredita ter liderança -Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Fleury está sem espaço político no PMDB de São Paulo. Uma das alternativas para ele será a saída do partido. Embora difícil, o PSDB poderia ser uma alternativa.
Fleury acha que se conseguir convencer o PMDB a manter o apoio ao governo federal, seu cacife com FHC aumenta.
Mas dificilmente o PSDB paulista concordaria com sua adesão ao partido. Ele e o governador Mário Covas (PSDB) têm trocado acusações pesadas. Os tucanos culpam Fleury pelas dificuldades financeiras de São Paulo.
Além disso, Fleury chamou de "safada" a intervenção do Banespa no Banco Central e culpou Fernando Henrique e Mário Covas.
Ontem, no entanto, em artigo na Folha, Fleury defendeu a união em torno do Plano Real e das reformas constitucionais.

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