São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995 |
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Programa combate drogas em empresas
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
O Sesi participa do convênio com 80% dos recursos. O restante vem da ONU. O programa vai envolver 30 grandes indústrias gaúchas até 1998, e consiste em pesquisa, tratamento e prevenção. A pesquisa irá apontar a extensão do problema nas empresas. Os casos identificados de dependentes de drogas serão tratados. Também será desenvolvido um trabalho de prevenção contra o uso de drogas. Os resultados do programa servirão para elaborar uma metodologia a fim de determinar os prejuízos das empresas devido ao uso de drogas por funcionários. O convênio foi assinado na abertura da Segunda Conferência Internacional da Área Privada sobre Drogas nos Locais de Trabalho e na Comunidade, que vai até amanhã, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS). O presidente da entidade, Dagoberto Lima Godoy, apresentou dados de uma pesquisa do Sesi-RS realizada junto a 834 industriários gaúchos. De acordo com a pesquisa, o álcool é a substância mais utilizada pelos trabalhadores, dos quais 45% são bebedores sistemáticos (bebem no mínimo três vezes por semana) e 6% bebem em intervalos de trabalho. As drogas ilícitas foram usadas alguma vez por 8% dos trabalhadores. O representante da Organização Internacional do Trabalho, o iraniano Behrouz Shahandeh, disse que a tendência mundial das empresas é tratar o uso de drogas no local de trabalho como problema de saúde e, ao invés de demitir, prestar assistência ao funcionário. No Brasil, segundo o presidente do Conselho Federal de Entorpecentes, Luiz Matias Flach, a legislação precisa ser modificada porque o uso de bebida alcoólica, por exemplo, ainda é motivo para demissão por justa causa. Texto Anterior: 'Ela havia sido avisada' Próximo Texto: Comércio fecha porque servidores não recebem Índice |
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