São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Estado culpa prefeitura por resistência a rodízio
CLAUDIO AUGUSTO; ROGERIO WASSERMANN
Ontem, conforme a Folha havia antecipado, ele anunciou que o rodízio entre maio e agosto -meses em que a poluição piora- será facultativo. Não haverá nenhuma penalidade para quem não aderir. A idéia é retirar 20% dos carros das ruas da cidade a cada dia útil da semana. Carros com placas de final um e dois não circulariam às segundas-feiras. Na terça, três e quatro; na quarta, cinco e seis; na quinta, sete e oito; na sexta, nove e zero. O rodízio não vale para sábado e domingo. Feldmann disse ser "complicado" decretar o rodízio compulsório sem a concordância da prefeitura. "Se eu estou pedindo a adesão da população, como vou explicar que a prefeitura não aderiu?", argumentou o secretário. Ele afirmou que a legislação confere ao Estado a prerrogativa de decretar o rodízio compulsório e até mesmo feriado por causa dos níveis de poluição. "Se ficarmos entre os estados de alerta e emergência, não tenho nenhum problema em decretar rodízio ou feriado", disse. Neste caso, o CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) faria a fiscalização. O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Werner Zulauf, disse que a prefeitura apoiará o rodízio compulsório em caso de alerta e emergência. "A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai ser o agente principal em uma operação destas", disse Zulauf. Para ele, o rodízio facultativo é uma utopia. "Ninguém fará isso." O rodízio obrigatório durante quatro meses, de acordo com Zulauf, seria burlado pela população. Texto Anterior: Leitor diz que rua em Itaquera está sem luz há um ano Próximo Texto: Um milhão de carros devem deixar cidade Índice |
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