São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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Governo coloca 2.600 fiscais em ação para recuperar R$ 3,5 bilhões

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para recuperar a evasão anual de R$ 3,5 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o Ministério do Trabalho lança hoje uma campanha nacional de fiscalização do fundo.
A evasão de R$ 3,5 bilhões é provocada por empresas que não depositam corretamente o fundo.
Para cada trabalhador registrado (com carteira de trabalho assinada), a empresa tem de recolher ao fundo 8% do salário bruto.
Na primeira etapa da campanha de fiscalização, 2.600 agentes do Ministério do Trabalho vão fiscalizar 230 mil empresas.
Os fiscais vão verificar também, nos próximos 90 dias, o registro dos empregados na carteira de trabalho. A segunda fase começará em agosto, com 3.200 fiscais.
Os recursos do FGTS financiam os programas de moradia popular, saneamento básico e infra-estrutura. A habitação popular recebe 60% do total. A previsão orçamentária do fundo para este ano é de R$ 2,5 bilhões.
"Este é um esforço do governo Fernando Henrique Cardoso para dar continuidade aos programas sociais", disse o ministro Paulo Paiva (Trabalho) à Folha.
A CEF (Caixa Econômica Federal) autorizou a utilização das informações do FGTS por parte das delegacias regionais do Trabalho.
A empresa que não registrar seus empregados e não recolher o FGTS pagará multa de R$ 540 por empregado e custos adicionais para regularizar a situação. Caso a empresa seja reincidente, as multas dobram.
As empresas em débito com o FGTS estão proibidas de contrair empréstimos junto a instituições oficiais de crédito.

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