São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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Hutus cercados dizem que não se rendem

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os últimos 500 hutus cercados no campo de refugiados de Kibeho (sudoeste de Ruanda) pelo Exército ruandês, dominado por tutsis, disseram que não atenderão a apelo do governo para se render.
Hutus de Ruanda fugiram para campos de refugiados dentro e fora do país temendo represálias pelos massacres de 1994, em que morreram mais de 500 mil, a maioria tutsis e hutus moderados.
O presidente de Ruanda, Pasteur Bizimungu, levou membros de seu governo até Kibeho para tentar interromper pacificamente o cerco aos hutus.
Ele anunciou a criação de uma comissão internacional para investigar o suposto massacre de 5.000 hutus por tropas do governo no campo. Para Bizimungu, morreram apenas 300 em tumultos.
Dizendo que são usados como bases guerrilheiras hutus, o governo mandou evacuar os campos.
Na capital do vizinho Burundi, Bujumbura, 24 morreram segunda-feira em tiroteio entre tropas do Exército, dominado por tutsis, e supostos hutus, segundo número oficial divulgado ontem.

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