São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995 |
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a mulher que pára o relógio; ficha
CLAUDIA GONÇALVES a mulher que pára o relógioInfantil é o adjetivo que melhor descreve a mineira Maria do Carmo Jerônimo, 124, a mulher mais velha do mundo. Falando como uma criança de 4 anos, "dona" Maria nasceu a 5 de março de 1871 e foi escrava até os 17. Maria -citada na edição de 95 do "Guinness"- só perde para outro mineiro: João Soares de Almeida, nove meses e 13 dias mais velho. Responsável pela criação dos 13 bisnetos do escritor Bernardo Guimarães, essa ex-escrava de 1,24 m e 41 quilos não sabe ler, escrever ou lidar com dinheiro; não gosta de música nem de TV; nunca teve namorado. "Casamento é abacaxi", gosta de repetir. Segundo Bernadete Bernardo Guimarães, 35, uma de suas filhas postiças, "o negócio dela é ir à missa". Resfriado, infecção e estresse também não fizeram parte da longa vida de Maria. "Sua longevidade se deve à estrutura genética e imunológica e à resistência ao estresse. Ela não se preocupa com nada", diz José Geraldo Vilela Reis, seu médico há 13 anos."Maria quer viver muito mais. O tempo parou para ela." ficha Odeia: usar sapatos e ser chamada pelo apelido de "potinho". Adora: igreja, vinho e leitoa. Sonhos: ver Deus e o mar. Texto Anterior: segurança sem susto Próximo Texto: mês da fotografia; as novas seções do Roteiro Índice |
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