São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Piloto era vizinho de grandes empresários
SÔNIA MOSSRI
Os apartamentos da rua Soldado de La Independencia são cotados a mais de US$ 1 milhão, e o aluguel não sai por menos de US$ 5 mil. Localizada no bairro Belgrano, a rua fica próxima aos clubes mais aristocráticos da capital argentina, como o Campo Argentino de Pólo, o Hipódromo Argentino e o Campo Municipal de Golfe. A rua Soldado de La Independencia é residência de grandes empresários, políticos e banqueiros. Quase todos os prédios possuem forte esquema de segurança, o que não é comum em Buenos Aires. Às 11h de hoje, Bandeira prestará depoimento ao juiz Roberto Marquevitch, em San Isidro, na Grande Buenos Aires. Marquevitch também cuidou do caso PC na Argentina. Bandeira está preso na divisão da Interpol no Departamento Central da Polícia Federal, na rua Moreno, 1.550. A Interpol (polícia internacional) em Buenos Aires e o Departamento da Polícia Federal informaram que somente foi permitida a visita de sua mulher e sua filha, às 17h30 de ontem, para lhe entregar roupas e objetos pessoais. Elas não deram entrevista na saída. O diretor da Interpol argentina, comissário Molinari, comandou a operação que prendeu o piloto Bandeira, no momento em que ele se encontrava com a mulher, Maria de Fátima Alves Pinto Bandeira de Mello, e a filha Mariana. A PF brasileira está investigando que tipo de atividade Bandeira desenvolvia em Buenos Aires e quem lhe dava cobertura. Amanhã, Bandeira completa 44 anos. A família veio encontrá-lo em Buenos Aires para comemorar seu aniversário. Desde dezembro do ano passado, a Polícia Federal brasileira sabia que Bandeira estava vivendo em Buenos Aires, quando sua mulher foi passar o Natal com ele. Com o apoio da Interpol e da PF argentina, a PF brasileira passou a fazer escutas no telefone de Bandeira e a vigiar sua mulher. Texto Anterior: Governo pede a extradição hoje Próximo Texto: Menina de 6 anos é morta dentro de casa Índice |
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