São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Tiroteio mata um e fere nove
SERGIO TORRES
Intensa desde o início da noite de anteontem, a troca de tiros foi interrompida de manhã, mas recomeçou às 12h15, durando mais 15 minutos. Quando os tiros recomeçaram, os quatro policiais militares que vigiavam o acesso ao morro abandonaram o local e correram para se abrigar a 200 metros dali. Desde o início dos combates entre traficantes no morro, na madrugada de anteontem, seis pessoas morreram, entre elas cinco supostos traficantes. Segundo a polícia, disputam as ``bocas" (pontos de venda de cocaína e maconha) o bando local, chefiado por um homem conhecido por Cadinho, e invasores que teriam vindo das favelas vizinhas do Cerro Corá e Fogueteiro. A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que o bando invasor é liderado por Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, acusado de ser o mais importante traficante de drogas do Estado. Apavoradas com o tiroteio, dezenas de pessoas deixaram a favela. ``Fui dormir na casa de amigos porque o tiroteio estava violento", disse o fotógrafo Ricardo Beliel, morador de um edifício perto do morro. Para socorrer os feridos durante a madrugada, traficantes armados paravam carros que passavam pela Almirante Alexandrino e obrigavam os motoristas a levar as vítimas até um hospital. Texto Anterior: Polícia encontra corpo em morro de Niterói Próximo Texto: Fleury abandona a disputa com Quércia após derrota em São Paulo Índice |
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