São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995
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Desgraçadinha Urgente! Tabu virou tabule!

JOSÉ SIMÃO
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Que coerência! O Dia do Trabalho caiu numa segunda de manhã! E eu tô mais desanimado que aquele que disse ``embalos de sábado a noite é quando eu pego quatro fitas pra alugar". Uau! E pior que trabalhar em feriadão é dividir apartamento com uma fã da Simone. Ouvindo o disco novo o dia inteiro! E o Rubinho Barrichelo tá ficando a cara do Gugu. Ele vai acabar dirigindo o ``Táxi do Gugu".
E eu já dei a definição da minissérie ``Desgraçadinha": Nelson Rodrigues embalado pra babaca. Eu liguei na ``Desgraçadinha" e parecia que eu tava assistindo ``Onde Canta o Sabiá", de Martins Penna. Nelson Rodrigues tem que ser gritado, exagerado, histriônico. Falam ``eu vou quebrar sua cara, sua canalha" e ``vamos tomar um sorvete" com o mesmo tom. E a mesma iluminação. Passa batido! A Globo fez uma salada. O tabu virou um tabule!
A mais coerente é a Maria Luiza Mendonça, a Buba. A volta da Buba! A Buba virou sapatão. Então não é a volta da Buba, é a bota da vulva! Rarará! Pelo menos é a mais coerente: corta o pingolim numa novela e vira lésbica na outra. Eu faria o mesmo. Se me cortassem o pingolim eu virava sapa! Rarará! Aliás, sabe como sapata transa? Como tirar fogo de pedra: raspa uma na outra até sair faísca! Rarará! Começou a baixaroca!
E pra alívio do Serra nenhum amigo meu ganhou a Supersenna. Todos responderam que, se ganhassem, eles deixavam um tantinho no Brasil e o resto dividiam: depositavam metade em Nova York e metade na Suíça. Só deixavam o dinheiro de bolso, o ``pocket money". O Brasil em vez do ``hot money" ia ficar com o ``pocket money"!
Eu já sei como o Don Doca FHC vai começar seu programa de rádio ``Palavra de Presidente". Todo dia ele abre com sua famosa frase: ``Esqueçam tudo o que eu disse ontem". Aliás, do jeito que ele recua e muda de idéia ele vai acabar dizendo: ``Esqueçam tudo o que eu disse amanhã". Rarará. Hoje só amanhã. Vai indo que eu não vou!

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