São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
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Indústria paulista deve continuar a receber pré-datado como pagamento
DA REPORTAGEM LOCAL A indústria paulista deve continuar a receber cheques pré-datados como forma de pagamento das encomendas feitas pelo comércio, segundo o empresário Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).Uchôa Fagundes é o diretor do Dempi, o Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp. Há 11 mil indústrias no Estado de São Paulo. Dessas, apenas 1% são consideradas grandes. ``Normalmente os cheques são passados de mão em mão. Isso é muito usual e antigo no Brasil", diz Uchôa Fagundes. Para o dirigente da Fiesp, ``a indústria vai continuar a vender para o comércio e a receber o pagamento em cheques pré-datados, quando os prazos coincidirem". Os prazos de pagamento que o comércio tem com a indústria ``giram em torno de 30 dias", segundo Uchôa Fagundes. Prazos mais dilatados do que isso o empresário considera ``inviáveis". Como é a operação É simples a operação que ocorre no momento entre a indústria e o comércio. O comerciante vende e aceita cheques pré-datados. Na hora de encomendar mercadorias da indústria, faz uma operação conhecida como faturada: para pagamento efetivo depois de um prazo determinado de dias. Se quiser, o comerciante não precisa vender seus cheques pré-datados para antecipar a receita. Basta fazer coincidir a data de saque dos cheques com o prazo que tem para pagar a indústria. ``A grande dificuldade", prevê Uchôa Fagundes, ``são os cheques pré-datados para saques em mais de três meses". Nesse caso, alguém terá de arcar com o custo. Texto Anterior: Freio no consumo é pouco eficaz Próximo Texto: Capital aberto; Objetivo duplo; Concorrência desfalcada; Outras fontes; Efeito imediato; Duas instâncias; Copo menor; Trimestre positivo; Em dificuldades; No mercado; Parceiro procurado; Novo presidente; Cesta de alimentos Índice |
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