São Paulo, quinta-feira, 4 de maio de 1995
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Força Sindical faz greve pela reforma dia 11

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Força Sindical chamou para o dia 11, a próxima quinta-feira, uma greve em defesa das reformas constitucionais, do fim do monopólio do petróleo e das telecomunicações, da privatização, da aposentadoria por tempo de serviço e contra ``os privilegiados", afirmou o diretor Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A idéia é parar, das 6h às 12h, 130 mil metalúrgicos da zona leste da cidade de São Paulo.
``Também podemos envolver trabalhadores do setor do comércio, alimentação, têxteis e outras categorias ligadas à Força Sindical na região", disse Paulinho, que é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Ele disse que reunião amanhã vai organizar o movimento com essas outras categorias.
Paulinho disse que pretende discutir com os empresários o não-desconto das horas paradas.
A greve da Força Sindical é uma resposta à paralisação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), contra o fim do monopólio do petróleo e das comunicações, que começou hoje.
Segundo Paulinho, o trabalhador ``da base" das categorias envolvidas na paralisação da CUT nem sabe de seu conteúdo político e está em greve por reajuste nos seus salários.
``Só uma casta de privilegiados nas estatais é que está preocupada com o fim do monopólio do petróleo, telecomunicação e privatização", disse Paulinho.
Segundo ele, ``peão do setor público" não perde nada com a privatização.
Para Paulinho, o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, está de ``refém" desses ``privilegiados".

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