São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995
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Vendas da Bayer crescem 30% em 1994

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bayer S.A., subsidiária brasileira da multinacional Bayer, grupo químico farmacêutico da Alemanha, teve um lucro líquido (descontado o Imposto de Renda) de US$ 34,4 milhões em 94, contra US$ 10 milhões em 93.
``O ano de 1994 foi bastante favorável para nós", disse Helge Karsten Reimelt, presidente da Bayer brasileira, ao anunciar ontem, em São Paulo, os resultados anuais da empresa.
As vendas da Bayer brasileira em 94 foram de US$ 452 milhões, o que significa um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Reimelt atribuiu o ``bom resultado" à ``estabilização monetária resultante do Plano Real".
O crescimento das vendas de produtos de consumo popular da empresa -dentre os quais os mais conhecidos são a Aspirina e os inseticidas Baygon- gerou aumento da utilização da capacidade industrial da Bayer de 54% para 73%.
``Em 95, pretendemos alcançar um faturamento de mais de US$ 500 milhões", afirmou Reimelt. Segundo ele, o faturamento do primeiro trimestre, igual a US$ 130 milhões, mostra que a empresa está no caminho certo.
Reimelt disse, porém, que as medidas de contenção do consumo adotadas pelo governo vão diminuir o poder de compra da população em geral e prejudicar as vendas da Bayer no segundo semestre.
A Bayer mundial registrou um volume de vendas de US$ 26,8 nos 150 países em que atua, significando um aumento de 8% em relação a 93. A América Latina foi responsável por vendas de US$ 1,8 bilhão, sendo 36% no Brasil.

Investimentos
Os investimentos da Bayer brasileira totalizaram US$ 23 milhões em 94. Reimelt disse que a empresa prevê aplicar US$ 23 milhões este ano na modernização da área de produtos farmacêuticos e projetos ambientais.
O presidente da Bayer disse que o aumento ``significativo" dos investimentos da empresa no Brasil, onde vai comemorar o centenário de atuação no ano que vem, depende da criação de um clima de confiança que favoreça o desenvolvimento econômico do país.
Ele destacou entre os requisitos essenciais para isso a conclusão da reforma constitucional e a aprovação da Lei das Patentes.
Depois de dizer que o governo parece agora mais disposto a lutar pelas reformas, Reimelt afirmou, no entanto, que o progresso das reformas ainda ``está difícil".

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