São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

PRONTA ENTREGA
Ponto sem nó
Quando não está pensando naquilo -negócios das cinco empresas pertencentes ao grupo que leva seu sobrenome-, Ivo Rosset pensa naquilo -mulheres na mira de sua marca de lingerie. Bon vivant que é, bebe quando pode um Château Latour. Se embala ao som de Mozart e Verdi -no seu equipamento Macintosh. Na fazenda em Itu se contenta com produção local. Vaidoso, Ivo Rosset se submete sem subversões à ditadura da balança -que não pode ultrapassar os 80. Dono da Valisère -uma das marcas mais disputadas por lulus em brasa-, acabou se tornando ele mesmo objeto de desejo -em disputa que efervesceu por um bom tempo o high society da cidade.
O que você nunca esquece?
O primeiro sutiã.
E o que esquece sempre?
Aquilo que não me interessa.
É melhor esconder ou revelar?
Revelar.
Prefere grande ou pequena? Calcinha, é claro.
Pequena.
Meia-taça ou inteira?
Meia-taça.
Uma mulher de peito.
Marília Gabriela.
Que cor esquenta mais?
Bleu de chine e salmão.
O que faz você pensar naquilo?
O momento.
Qual a melhor maneira de se aquecer as turbinas?
Ligando os motores.
Qual a melhor saída para uma saia justa?
Uma cintura fina.
Loira, morena ou ruiva?
Morena.

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