São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995
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Juliana se diverte com triângulo amoroso

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

A atriz Juliana Martins, 21, está se divertindo muito com seu primeiro papel de mulher disputada por dois homens, na novela das 17h30 da Rede Globo, ``Malhação".
``É um barato estar no meio desse triângulo amoroso. É o primeiro triângulo que faço. Antes só tinha feito par", diz Juliana, que interpreta a personagem Bella.
Frequentadora da academia Malhação, Bella é noiva do campeão de jiu-jítsu Romão (Luigi Baricelli), mas deverá acabar nos braços do auxiliar administrativo Héricles (Danton Mello).
Apesar do desgaste da fórmula do triângulo amoroso, Juliana não acha que sua personagem corra o risco de cair na mesmice.
A trama tem, segundo ela, um ingrediente especial que servirá para apimentar o relacionamento de Bella com o tímido e interiorano Héricles: o rapaz ainda é virgem.
Bella sofrerá muito antes de decidir com qual dos dois pretendentes vai ficar. Para Juliana, este é um ponto positivo para sua interpretação pois, como atriz, adora personagens sofredores -``de preferência que chorem muito".
``Prefiro fazer cenas de emoção, que exigem mais do ator", diz. Por isso, a personagem que mais gostou de viver até hoje foi Dora, da minissérie global ``Riacho Doce": a menina era prometida a um capitão, mas estava apaixonada por um rapaz.
Exibida em 1990, ``Riacho Doce" foi até agora o maior desafio da carreira precoce de Juliana -que começou aos dez anos de idade quando soube, através dos jornais, que a Globo estava promovendo testes para atriz.
Juliana disputou o papel de Narizinho, da série infantil ``Sítio do Pica-pau Amarelo". Não ganhou, mas acabou sendo escolhida para viver a pequena Sueli na novela ``A Gata Comeu" (1985).
O papel na trama de Ivani Ribeiro selou o destino da menina que, até então, limitava suas incursões pela área artística a peças amadoras na escola e a esquetes que montava em casa, para divertir sua família.
Hoje, Juliana já contabiliza em seu currículo profissional a atuação em algumas novelas, em um curta-metragem (``Churrascaria Brasil") e em três peças teatrais.
Ele deve ao teatro, principalmente à peça ``Namoro" -na qual interpretava uma adolescente problemática- a sua segurança como atriz. ``Em `Namoro' é que comecei a brincar. Em `Riacho Doce' ainda estava muito tensa."

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