São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995 |
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Sindicatos adotam técnicas capitalistas
MARCELO MOREIRA
Os sindicatos dos metalúrgicos e dos químicos do ABCD paulista, filiados à CUT, adotam técnicas capitalistas para arrecadar dinheiro e novos atrair sócios. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD prepara para o dia 24 de maio o lançamento do cartão de crédito de afinidade, em conjunto com o Bradesco. O sindicato recebe uma parte do dinheiro arrecadado com o cartão. "Com o cartão de crédito, esperamos uma renda adicional de R$ 600 mil por ano", diz o diretor financeiro Francisco Dias Barbosa.' Os sindicato dos metalúrgicos e dos químicos (que ainda não pensa em cartão) fazem campanha de sindicalização com prêmios (TVs, por exemplo) como atrativo. A campanha de filiação do sindicato dos metalúrgicos teve início há duas semanas com o objetivo de conseguir mais 10 mil sócios em 95, R$ 90 mil a mais por mês. Até agora, conseguiu 3.000 novos sócios em 15 dias. Atualmente, tem 92 mil filiados entre os 143 mil metalúrgicos do ABCD. O sindicato dos químicos, segundo o secretário-geral Sérgio Novaes, conseguiu 1.000 sócios em 15 dias. "Queremos mais mil sócios para ter uma arrecadação adicional de R$ 20 mil mensais." A adoção do termo capitalista causa divergências. mas o presidente da CUT estadual, José Lopes Feijóo, diz que "usar técnicas capitalistas em sindicatos é legítimo, desde que o lucro seja revertido aos trabalhadores.' Texto Anterior: Usina Nova Tamoio inicia atividades Próximo Texto: Nomura quer captar US$ 1 bi para país Índice |
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