São Paulo, segunda-feira, 8 de maio de 1995 |
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Supermercadistas querem abertura total da economia
ANTONIO CARLOS SEIDL
A opinião é de Paulo Afonso Feijó, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), que defende a "abertura total" da economia brasileira. ``Mais de 60% dos produtos vendidos pelos supermercados estão em concentrados em quatro grandes empresas", afirmou. Ele fez essas declarações ontem na abertura da 58ª convenção e feira anual da indústria mundial de supermercados, patrocinada pelo FMI (Food Marketing Institute), dos EUA, em Chicago, capital de Illinois, Estado do Meio Oeste norte-americano. O caso mais grave de concentração industrial, disse, está na indústria de higiene e limpeza. Feijó sugeriu a "redução a zero" do II (Imposto de Importação) de todos os produtos de consumo essenciais. "As restrições à importação protegem a ineficiência da indústria nacional e o preço caro do produto nacional", afirmou. A participação média dos produtos importados no faturamento dos supermercados em 94 (US$ 31,5 bilhões) foi de apenas 2%. "É muito pouco", disse. A meta da Abras é chegar a 30%. A Abras trouxe uma delegação recorde de 400 pessoas para participar da feira mundial de supermercados no centro de convenções McCormick Place, uma exposição que cobre uma área de mais de 7 mil metros quadrados. Os supermercadistas brasileiros iniciaram contatos com os fornecedores para aumentar as importações de produtos de higiene e limpeza, perfumaria, alimentos industrializados, cervejas e eletrodomésticos. Feijó afirmou que o volume negócios deverá ser "significativo", porque os supermercadistas "estão com sede" de novos produtos. Feijó disse que a feira de Chicago é uma oportunidade para os supermercadistas buscarem a modernização de seus serviços. Ele disse que os supermercados brasileiros ainda estão "cem anos atrás" dos norte-americanos no uso da informática. A meta da Abras é aumentar a informatização (uso de modernos técnicas de computação eletrônica) das caixas dos supermercados brasileiros. Feijó disse que a informatização dos supermercados ainda está muito cara no Brasil. A Abras está reivindicando junto ao governo a redução das alíquotas de importação das caixas eletrônicas dos EUA. A informatização de uma caixa custa US$ 1,5 mil, nos EUA, em comparação com US$ 5 mil, no Brasil. Texto Anterior: Países europeus exigirão certificado especial para produtos estrangeiros Próximo Texto: Dias das Mães movimenta comércio no domingo Índice |
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