São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995
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Linguista analisa fala do esquizofrênico

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A dissertação ``Os Dizeres na Esquizofrenia: Uma Cartola sem Fundo", de Mariluci Novaes, 44, traz novos elementos -da área de linguística- ao debate mundial sobre a extinção de manicômios.
A tese inicia criticando o DSM 3 (manual estatístico de diagnóstico, na sigla em inglês), usado para classificar doentes mentais.
"O DSM usa categorias da psicologia (como personalidade), mas não define o que quer dizer."
Outro problema é quando o DSM vai classificar os esquizofrênicos. O manual parte das falas do paciente e, dependendo de seu ``texto", dá sua classificação.
``É nesses sintomas que a linguagem está presente; mas ela (a linguagem) não é considerada na sua especificidade", afirma.
Como a fala do esquizofrênico não faz sentido para a pessoa ``normal", o paciente é enquadrado em uma determinada categoria.
A questão é que a fala do esquizofrênico -de cada um deles- teria um sentido próprio -uma semântica específica.
Daí o título ``Dizeres na -e não da- Esquizofrenia".
(FR)

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