São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995 |
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Polícia não fez perícia no local dos crimes
FERNANDO MOLICA
Segundo um médico do hospital, a maioria das perfurações foi feita por fuzis e escopetas. Até as 19h de ontem a polícia não havia solicitado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli perícia onde as 14 pessoas foram mortas. A perícia deveria ter sido feita antes da remoção dos corpos. Dois dos mortos estavam com as mãos amarradas com cordas. O diretor do Getúlio Vargas, Samuel Sztyglic, afirmou que as mãos foram amarradas no hospital. Isto, segundo ele, para evitar que os braços dos cadáveres ficassem abertos quando começasse o processo de enrijecimento dos corpos. O diretor do Instituto Médico Legal do Rio, Alexandre Maluf, afirmou que o procedimento não é comum. Segundo ele, a rigidez só ocorre cerca de seis horas depois do óbito e se desfaz geralmente depois da 12ª hora. Até as 19h, apenas um dos mortos havia sido identificado: Cosme Rosa Genoveva, 18. Ao chegarem ao hospital, às 12h, com os corpos de três outros mortos na chacina, policiais civis gritavam "vitória". Texto Anterior: Polícia mata 14 em favela do Rio Próximo Texto: 'Eles pediam para não morrer', diz morador Índice |
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