São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Quércia volta atrás e Santos ganha vaga

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Orestes Quércia sofreu um revés ontem e foi obrigado a incluir o deputado Luiz Carlos Santos na chapa única que vai comandar, a partir do final deste mês, o PMDB paulista.
Quércia havia vetado a inclusão de Santos entre os 70 nomes da chapa, que foi fechada anteontem.
Santos aliou-se ao ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho na tentativa frustrada de derrotar o quercismo no PMDB estadual.
Ao saber que Quércia havia excluído seu nome da chapa, Santos acionou o líder da bancada do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP), e passou a articular a reação da bancada federal ao veto.
Temer, que esteve com Quércia na luta contra Fleury, telefonou para Quércia e comunicou que o clima na bancada estava tenso.
O líder do PMDB argumentou que os quercistas já tinham hegemonia clara no PMDB paulista e não havia razão para barrar Santos, que tem posição francamente minoritária no partido.
No início da conversa, Quércia relutou, mas prevaleceu a opinião de quercistas como Alberto Goldman, que entendiam ser desnecessário o constrangimento que Quércia e parte de seu grupo queriam impor ao adversário derrotado.
``Política não se faz com veto", disse Santos depois que foi comunicado por Temer que a situação fora revertida.
No início da noite, o quercista João Leiva (presidente do diretório paulistano do PMDB) foi à Assembléia Legislativa tentar contornar uma ameaça de crise.
Parte da bancada estadual da legenda não concordou com os critérios que determinaram a formação da chapa única para o diretório.
Os deputados estaduais reivindicam também que um deles seja o próximo presidente do diretório.

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