São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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AURORA

DA REDAÇÃO

O alemão F.W. Murnau chega à América em julho de 1926, exatamente um ano depois do finlandês Mauritz Stiller. Mas seus destinos são diferentes. Enquanto na Metro Stiller é jogado às traças por Irving Thalberg, Murnau recebe toda força de William Fox.
Fox espera de Murnau o que Hollywood esperava dos cineastas que contratava na Europa naquele momento: um filme de prestígio.
Murnau conta a história de um homem (George O'Brien) do interior que se deixa seduzir pela cidade grande e, em particular, por uma mulher. Disposto a viver com a amante, decide matar a própria mulher (Janet Gaynor), afogando-a em um lago.
O seu arrependimento, o salvamento da mulher, a posterior reconciliação servem para Murnau mobilizar todas as forças da natureza, envolvendo-as num jogo de sensualidade e lirismo, de claro e escuro, em que se opõem a luz e as trevas.
Apresentado pela primeira vez em setembro de 1927, ``Aurora" surgiu com a aura de um clássico, influenciou o melhor cinema americano e consolidou a fama de Murnau como um dos maiores diretores do mundo. O cineasta morreu em 1931, aos 42 anos, num desastre de automóvel na Califórnia.

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