São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995 |
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Pesquisa recebeu acusações
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUIZ DE FORA Curt Lange foi perseguido e acusado de apropriação indébita e de adulterar partituras atribuindo a compositores barrocos músicas de sua autoria.A polêmica ganhou os jornais nas décadas de 60 e 70. ``Fui atacado ferozmente por uns senhores críticos do Rio, que desejavam se apoderar dos arquivos originais do período barroco, que eu ia salvando penosamente nas minhas exaustivas viagens", disse Lange. O musicólogo, porém, não estava sozinho. Em sua defesa saíram Gustavo Capanema, Carlos Drummond de Andrade, Haroldo de Campos, Otto Maria Carpeaux, Sérgio Buarque de Holanda e Rui Mourão, diretor do Museu da Inconfidência e um de seus melhores amigos no Brasil. Eles participaram do suplemento literário ``Curt Lange, o Descobridor", uma edição especial de 12 páginas publicada no início da década de 70. Lange identifica nos ``profissionais da música" do Rio os seus críticos e algozes. ``Tive que esconder o arquivo na casa do maestro Arturo Bossmans, em Belo Horizonte, para evitar uma apropriação ilegal. Levei tudo para Montevidéu (onde morava) e apresentei a música mineira à Europa. Estou contente por o acervo voltar para Minas", afirmou. Texto Anterior: Minas recebe acervo de música colonial Próximo Texto: Seminário marca doação Índice |
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