São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
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Paralisação na Sabesp entra no terceiro dia

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve na Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) completa hoje três dias sem que haja perspectiva de acordo entre a diretoria da empresa e os grevistas.
Na primeira reunião de conciliação, ocorrida ontem à tarde no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), nenhum dos lados cedeu em suas propostas .
Os grevistas querem reposição de perdas salariais de 70,34%, mais 10% de aumento real e estabilidade total no emprego.
A empresa oferece reposição de 29,55%, aumento real de 3% e estabilidade para 97% do quadro a cada trimestre.
Segundo a direção do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Meio Ambiente), se for aprovada a estabilidade de 97% do quadro por trimestre, a Sabesp poderá demitir a cada ano 2.500 funcionários.
Ontem, a greve atingiu a zona leste. A paralisação não afeta diretamente a população porque os serviços de tratamento e distribuição de água estão sendo mantidos.
A cada dia, uma região da cidade tem duas atividades de manutenção e ligação de água suspensas. A escolha é feita pelo sindicato e só é divulgada no dia para impedir que a Sabesp drible a greve.
A empresa tem 19.800 trabalhadores e fornece água para 331 municípios de São Paulo.

Cetesb
Os 2.800 trabalhadores da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) e os 300 da Fundação Florestal entraram em greve ontem. As categorias, que também são filiada ao Sintaema, têm as mesmas reivindicações dos trabalhadores da Sabesp.
A medição da poluição continua sendo feita, mas os resultados estão sendo retidos pelos grevistas.

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