São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Motoristas de ônibus podem parar na terça

Se confirmada, greve deixaria 6,7 milhões sem transporte

DA REPORTAGEM LOCAL

Os motoristas e cobradores de ônibus fazem hoje, às 16h, uma assembléia para decidir se a categoria entra em greve a partir da próxima terça-feira, dia 16.
A paralisação deve afetar cerca de 6,7 milhões de passageiros diariamente.
Os trabalhadores querem 44,55% de reajuste e 10% de aumento real. Os empresários oferecem 30% de reajuste.
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores, José Alves do Couto Filho, o Toré, disse que deve haver greve de ônibus em outras cidades da Grande São Paulo.
A unificação das campanhas salariais foi decidida ontem, durante uma reunião da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em Limeira (SP).
O prefeito Paulo Maluf disse esta semana que vai recomendar aos empresários que demitam os grevistas.
Nas paralisações anteriores da categoria, que tem cerca de 50 mil trabalhadores, Maluf anunciou a mesma medida.
Mas o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou a anulação das demissões.
Em 1992, último ano da gestão Luiza Erundina (PT), os motoristas e cobradores impediram a saída dos ônibus das garagens durante nove dias. A cidade praticamente parou. Os ônibus clandestinos supriram parte do atendimento aos passageiros.

Tarifa
Maluf afirmou esta semana que o reajuste da tarifa deve ficar para julho. Ele não adiantou se o aumento de salários será repassado para a passagem ou se a prefeitura aumentará o subsídio às empresas.
O presidente do Transurb (sindicato das empresas de ônibus), Maurício Lourenço da Cunha, tem dito não ser possível suportar o aumento de salários sem a revisão da tarifa ou do subsídio.

Texto Anterior: Leitor diz estar aguardando celular há mais de um ano
Próximo Texto: Congestionamento de 137 km é recorde
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.