São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
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Prejuízo chega a R$ 675 mil só pela manhã

DA REPORTAGEM LOCAL

A CET estima em R$ 675 mil os prejuízos causados pelo congestionamento da manhã de ontem.
Para fazer o cálculo de prejuízos, a CET multiplica o número de horas de congestionamento pela média da quilometragem de lentidão e pelo valor de R$ 1.500,00.
``É um cálculo aproximado. Nós levamos em conta, entre outros itens, o desperdício de combustível, a frota de veículos, o número de passageiros e a perda na produção das empresas com o atraso dos funcionários", diz Celso Buendia, coordenador da central de operações da CET.
Ao calcular o desperdício de combustível, a CET considera dois litros de gasolina consumidos por hora parada. Na conta da perda da produção, são usados salários médios. ``Os ganhos de quem tem carro particular, por exemplo, são em média maiores do que os de quem usa ônibus", diz Buendia.
Segundo ele, a greve e a chuva levaram cerca de 250 mil carros a mais às ruas. Em dias normais, 3 milhões de veículos circulam em São Paulo. A cidade tem uma frota de 4,5 milhões de veículos.
Para chegar aos R$ 675 mil de prejuízo, Buendia multiplicou a média dos congestionamentos da manhã (90 km) pela duração da lentidão (cinco horas, das 6h30 às 11h30), por R$ 1.500,00.
A indústria e o comércio também tiveram prejuízos. Segundo a Associação Comercial de SP, na terça, primeiro dia de greve, as consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito e ao Telecheque (que indicam o volume de compras) caíram 10%.
Marcelo Solimeo, do departamento de economia da associação, disse que a situação piorou ontem por causa da chuva. ``O comércio de rua, em especial na região central, é o mais afetado. A chuva e a greve diminuem o número de pessoas nas ruas", diz.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também diz que há prejuízos, mas não forneceu números das perdas.

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