São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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Gangues de adolescentes atacam ônibus em Bauru
LUIZ MALAVOLTA
Nos ataques, os grupos depredam os ônibus, quebram vidros com pedradas, rasgam assentos com facas e disparam tiros contra os veículos. Em um mês, 16 ônibus foram atacados, informou o diretor-administrativo da empresa, Adhemar Previdello, 56. Segundo a ECCB, os ataques acontecem principalmente em bairros da periferia, nos fins-de-semana, entre 22h e 1h. No último fim-de-semana, sete ônibus foram atacados. ``Nossos prejuízos passam dos R$ 6.000. Com medo das gangues, motoristas e cobradores já se recusam a trabalhar nessas linhas", afirmou Previdello. O dinheiro do prejuízo seria suficiente para pagar um mês de salário para 15 motoristas ou 23 cobradores. O motorista Daniel Godói disse que no último fim-de-semana seu ônibus foi atacado por integrantes de uma das gangues de jovens no Jardim Ouro Verde. Ele conseguiu escapar. Para concluir o percurso, apagou todas as luzes do ônibus e viajou em um trecho sem iluminação. O comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar, capitão Pedro Lamoso, 35, disse que já tem um álbum com cem fotos de integrantes de gangues. ``A maioria é constituída por menores. Quando eles são detidos, não podem ser presos. Retornam às ruas e voltam a atacar." O capitão afirmou que no próximo fim-de-semana uma operação vai combater as gangues nas 54 linhas da ECCB. ``Vamos usar PMs à paisana nos ônibus", afirmou. O prefeito de Bauru, Antônio Tidei de Lima (PMDB), 49, disse que, se a situação não for solucionada, pode desativar linhas noturnas nos finais de semana. Texto Anterior: Traficantes usam vídeo sobre armas Próximo Texto: Comércio deve abrir aos domingos em Foz Índice |
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