São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995
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Dirigentes de vôlei criticam novo 'ranking' da Superliga

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO

Dirigentes de vôlei criticam novo `ranking' da Superliga
Pelos critérios da CBV, times poderiam contar com oito `Ana Mosers'
Vários dirigentes de clubes da Superliga Nacional de Vôlei reclamam do critério de ranqueamento divulgado pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
Os atletas recebem pontos, caso tenham ficado entre os dez melhores em cada um dos seis fundamentos (levantamento, recepção, defesa, ataque, bloqueio e saque).
Cada clube pode ter no máximo três atletas na seleção e a soma de pontos de seus jogadores não pode ultrapassar 60 (veja quadro ao lado).
A direção do Tensor-Pinheiros, por exemplo, clube que disputou a última Superliga Feminina, está reclamando da CBV.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, os critérios não são justos.
As reclamações existem porque, como há atletas que jogam ou poderiam jogar na seleção com poucos pontos no ranking, os clubes mais ricos podem formar equipes ``imbatíveis".
Times com patrocinadores fortes podem dominar o mercado.
A jogadora Ana Moser, do Leite Moça, por exemplo, como ficou ausente parte da temporada tratando de uma contusão, tem sete pontos no ranking.
Teoricamente, um clube com forte patrocinador poderia ter oito atletas como Ana Moser.
Como cada jogador acumula no máximo 12 pontos, um clube pode ter cinco atletas ``nível A".
Alguns clubes querem alterar a soma de pontos dos atletas por time, que atualmente é 60.
O gerente de vôlei do Palmeiras, Carlos Kamal, diz que a CBV deveria equilibrar a Superliga.
``O ideal seria que os melhores jogadores realmente ficassem distribuídos entre os clubes. Quem não tem forte patrocinador só poderá competir se a CBV tomar alguma providência."

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