São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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Jogadores querem tornar vôlei popular Atletas fazem defesa da Superliga JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Segundo o atacante Giovane, a Superliga Nacional pode ser o caminho para que o Brasil continue tendo uma das melhores seleções de vôlei do mundo. ``A conquista do ouro em Barcelona aumentou o público do vôlei no Brasil. Com a Superliga, podemos manter o esporte em evidência", afirmou. Segundo ele, a diferença entre a Superliga Nacional e os campeonatos de vôlei na Itália é que, na Europa, a modalidade tem mais tradição. ``Aqui no Brasil ainda é um esporte novo. Mas em termos de organização, nós não devemos nada a ninguém." Giovane diz que, na Itália, existe uma maior rivalidade entre os clubes. ``São times que representam uma cidade. A rivalidade sadia é estimulante." A Frangosul- Ginástica, de Novo Hamburgo-RS, lembra, para o atacante, os clubes italianos. ``A cidade de Novo Hamburgo toda torce para a Frangosul", afirmou. O ponta-de-rede Tande concorda com Giovane. ``Daqui a dez anos, o vôlei pode virar um esporte de massa." Tande defende a Superliga. ``Algumas pessoas podem criticar, dizer que o público só vai na final, mas é um torneio importante, que deu a oportunidade para que os jogadores da seleção jogassem no Brasil." Tande citou como exemplo o caso do Rio de Janeiro. ``É inadmissível que um centro como o Rio não tenha um grande time de vôlei. Com a Superliga, a situação pode mudar." O jogador, que disputou a última temporada pelo Flamengo, diz que pretende continuar no Flamengo. ``Adoro o Rio", declarou. Ele quer prosseguir um trabalho que desenvolve com crianças carentes na cidade. ``Estou levando crianças do morro para a prática do vôlei." A seleção continua os treinamentos em São Paulo até amanhã cedo. À noite, a equipe viaja para a Europa. O Brasil fará dois amistosos contra a Holanda, dias 15 e 16, e enfrenta a Espanha pela Liga Mundial, dias 19 e 21. ``A Espanha não será um adversário fácil. Será um time parecido com aquele que disputou a Olimpíada de 92", disse o técnico José Roberto Guimarães. Cuba e Estados Unidos completam a chave brasileira. ``É um grupo complicado, mas nós temos treinado com muita seriedade." (JCA) Texto Anterior: Salários dos atletas geram crise entre clubes Próximo Texto: "Cool Running" Índice |
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