São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 1995 |
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Goiás 'leva' o visitante para o século 18
CYNTIA FERRARI
Quando o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva chegou à região para explorar ouro não poderia imaginar que ali surgiria o berço cultural do Estado de Goiás. Os índios escravizados por ele eram chamados ``goyazes", originando o nome da cidade. Um dos pontos mais visitados é a casa onde viveu a poetisa Cora Coralina, transformada em museu para homenagear a artista. A casa, do século 18, reúne objetos que pertenceram à poetisa, seus primeiros poemas e contos, prêmios e fotografias. Não deixe de experimentar doces cristalizados preparados segundo suas famosas receitas, que foram por muito tempo o seu sustento. Outra personalidade marcante, e ainda viva, é a artista plástica Goiandira Aires de Couto. Ela trabalha com 551 tonalidades diferentes de areia em seu ateliê, aberto ao público. Para quem gosta de arte sacra vale a pena conferir o Museu da Boa Morte, que serviu como catedral provisória. O museu, cuja estrutura é em taipa com o formato octogonal, possui um sino de som grave, fundido em Goiás no ano de 1785. Outro local muito procurado é a Igreja de São Francisco, construída em 1761 e tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Quem aprecia a arte barroca deve visitar a igreja Nossa Senhora D'Abadia. Com apenas 17 metros, quase uma capela, tem em sua harmonia o seu atrativo principal. Na praça dr. Tasso de Camargo há outra igreja, a de Nossa Senhora do Carmo, erguida em homenagem a Sant'Ana, no ano de 1727, por Bartolomeu Bueno. Em estilo barroco espanhol, já foi várias vezes reconstruída. No centro da praça há um coreto do início do século, onde os habitantes se reúnem para um bate-papo informal. A antiga cadeia da cidade, hoje o Museu das Bandeiras, é outro ponto turístico que atrai muitos visitantes. O museu reúne em seu acervo peças do mobiliário colonial goiano, prataria e equipamento doméstico. Na saída podem ser degustados licores regionais. A fachada do museu é austera, em estilo colonial. O primeiro andar abrigava a cadeia, com celas sem abertura para o exterior. O acesso era feito por alçapões colocados no segundo pavimento e escadas presas ao teto. Há ainda, próximo ao museu, o chafariz de cauda, construído no ano de 1778 para abastecimento de água potável à população. Ladeando a cidade encontra-se o rio Vermelho, que inspirou várias obras da poetisa Cora Coralina. A cozinha típica goiana é outro ponto alto. Os turistas podem se deleitar com o empadão goiano, arroz com pequi, pamonha, bolo de arroz e outros quitutes. Além dos passeios culturais, Goiás oferece várias opções ecológicas. Uma delas é o ribeirão Bacalhau, a 3 km do centro. Já o balneário Campo Grande, a 8 km da cidade, dispõe de infra-estrutura para camping. Outro programa é o balneário Santo Antônio, banhado pelas águas do rio Vermelho. (Cynthia Ferrari) Texto Anterior: Hotel faz promoção para show de cantora;Transamérica oferece pacotes de pescaria; Ilha de São Sebastião terá torneio de pesca Próximo Texto: Veja como ir e onde ficar Índice |
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