São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995
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Veto a líder de FHC é mantido

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Orestes Quércia mudou de posição novamente. Rompeu o acordo que havia feito com o deputado Michel Temer e voltou a vetar a inclusão do deputado Luiz Carlos Santos na chapa que vai dirigir o PMDB paulista a partir do final do mês.
Pressionado pela bancada federal paulista do PMDB, Quércia se comprometera na segunda-feira com Michel Temer (líder do partido na Câmara) a dar uma das 70 vagas do diretório a Santos (líder do governo na Câmara).
Santos aliou-se a Luiz Antonio Fleury Filho na tentativa frustrada de barrar a hegemonia quercista no PMDB estadual.
Anteontem, Quércia ligou para Temer e disse que o acordo fora desfeito por pressão de seus aliados.
Santos reagiu: ``O Quércia quer transformar o partido numa seita que não aceita os opostos. É como o feitor de uma fazenda".
Os deputados federais Wagner Rossi e Ari Kara se solidarizaram com Santos e pediram para sair da chapa. ``Esse é o resultado de um processo de ressentimento coordenado por dois perdedores como Leiva e Machado e comandado por outro que perdeu a eleição para presidente da República", afirmou Rossi.
O deputado referia-se aos quercistas João Leiva, presidente do PMDB paulistano, e José Machado de Campos Filho, homem de confiança do ex-governador.
Leiva, candidato derrotado a deputado federal em 94, disse que ``o que cria ressentimentos são as traições". Machado afirmou que não há sentido em abrir espaço a quem ``provocou e perdeu uma disputa política".
Quércia não quis se manifestar sobre as críticas de Santos e Rossi.

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