São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995 |
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Moradores vão processar prefeitura
VICTOR AGOSTINHO
O que essas entidades querem é combater o desrespeito à lei e o fato de as administrações regionais da cidade não tomarem providências para que o zoneamento seja cumprido. As reclamações dos moradores vão desde bancas de jornais que são instaladas irregularmente nas calçadas, escritórios que funcionam em locais proibidos até construções de prédios fora dos limites impostos pela legislação. ``Nós precisamos exercer nossa cidadania. Precisamos acabar com o gangsterismo das administrações regionais e fazer valer nossos direitos", disse Edson Farah, da Associação dos Moradores de Pacaembu, Vila Buarque e Higienópolis. A primeira medida concreta tomada pelas entidades foi reunir todos os advogados que estavam participando do encontro e formar um comitê que vai atuar juridicamente de forma unificada. A criação deste novo movimento reunindo associações de bairros de classes média da cidade foi uma iniciativa da arquiteta Regina Monteiro, que faz parte da associação de moradores do Brooklin. Regina entrou em contato com todas as entidades que ela conhecia e marcou uma reunião. Num sistema de comunicação boca a boca, a arquiteta conseguiu reunir 20 entidades, inclusive a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o movimento Defenda São Paulo. O ``Manifesto aos Cidadãos Paulistanos", resultado deste primeiro encontro das associações, pede a todos os moradores ``se unam na defesa de cada rua e bairro que compõe a metrópole, no sentido de defendê-la daqueles que buscam o ganho fácil resultante da depredação ambiental". (VA). Texto Anterior: Câmara facilita mudanças no zoneamento Próximo Texto: Associações contestam medidas Índice |
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