São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 1995
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Diminuem as taxas de inflação e de juros

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O mercado do dólar esteve mais agitado ontem. Houve uma procura maior pelo dólar e as cotações subiram.
As saídas financeiras de dólares superaram as entradas em US$ 127,64 milhões no último dia 10. Os dados do Banco Central sobre o câmbio intranquilizaram o mercado financeiro, pois havia uma tendência da entrada de dólares ser maior do que a saída desde o dia 4.
A cotação do dólar comercial para venda subiu de R$ 0,894 no dia anterior para R$ 0,897 ontem.
A tensão no câmbio refletiu-se também nas Bolsas de Valores. O índice da Bolsa de Valores paulista caiu 2,45%. O adiamento da votação da emenda do gás canalizado de ontem para a próxima terça-feira também colaborou para derrubar os índices das Bolsas.
As empresas do setor de telecomunicações lideraram as quedas nos preços: Telesp ON (-6,3%); Telebrás ON (-5,0%) e Telesp PN (-4,8%).
O volume de negócios continua elevado. Ontem, a Bolsa paulista movimentou R$ 247,7 milhões, contra R$ 246,6 milhões no dia anterior. Segundo dados da Bolsa de Valores de São Paulo, a entrada de dinheiro externo na Bolsa na primeira semana de maio superou a saída em R$ 70 milhões, equivalente a de todo o mês passado.
Os riscos de aplicações no mercado acionário continuam elevados, uma vez que as variações de preços nos últimos dias estão sendo expressivas.
No mercado de juros, houve continuidade na redução das taxas, pois o índice de inflação apurado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) na primeira quadrissemana de maio apontou queda.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,156%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,68% ao mês, projetando rendimento de 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,75% ao mês, com rendimento de 4,30% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,7566%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 35% e 60,2% ao ano. CDBs pós-fixados de 123 dias: entre 13,5% e 14% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,97% ao mês, projetando rendimento de 5,25% no mês. Para 32 dias (capital de giro): entre 74% e 135% ao ano.

No exterior
Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,06% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: baixa de 2,45%, fechando com 39.510 pontos e volume financeiro de R$ 247,79 milhões. Rio: queda de 2,6%, encerrando a 18.770 pontos e movimentando R$ 50,12 milhões.

Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.411,19 pontos, contra 4.402,62 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.461,73 pontos, contra 16.826,49 pontos no dia anterior. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.542,20 pontos, contra 2.504,10 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,896 (compra) e R$ 0,897 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,892 (compra) e por R$ 0,894 (venda). ``Black": R$ 0,875 (compra) e R$ 0,885 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,885 (compra) e R$ 0,890 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,870 (compra) e R$ 0,905 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,36%, fechando a R$ 11,00 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 10 de maio foi positivo em US$ 529,41 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 157,25 milhões. O saldo total está positivo em US$ 686,66 milhões.

No exterior
Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5705 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4127 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 83,98 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 383,50.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou a 4,27% no mês e para junho a 4,04% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 40.100 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para maio fechou a R$ 0,914 e a R$ 0,934 para junho.

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