São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Governo alonga o prazo de títulos públicos

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O governo decidiu cancelar a emissão de títulos públicos (Bônus do Banco Central) para os prazos de 28 e 35 dias no leilão da próxima terça-feira.
O Banco Central vai alongar o prazo de captação de dinheiro em títulos públicos para 42 dias.
Os dirigentes do BC resolveram aproveitar a inexistência de vencimentos de títulos públicos no dia para testar o novo prazo de vencimento.
A expectativa de queda nas taxas de inflação e a necessidade de compra compulsória de títulos pelos fundos de investimento devem fazer com que haja facilidade para a colocação dos papéis públicos pelo Banco Central.
O mercado futuro de juros (DI) já está demonstrando confiança na economia e alongando os prazos dos contratos. Em abril, os contratos eram negociados por apenas dois meses. Ontem, havia contratos com prazos de quatro meses.
No mercado futuro de DI, as taxas são declinantes, sendo a projeção de rentabilidade de 4,29% para maio; 4,03% para junho; 3,95% para julho e 3,98% para agosto.
O otimismo tomou conta também de investidores do mercado acionário. O índice da Bolsa paulista vinha em queda no período da manhã de ontem. As Bolsas abriram em alta no período da tarde.
Durante almoço em seminário, em São Paulo, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros, o ministro Sérgio Motta fez discurso favorável à abertura das empresas de telecomunicação ao capital privado, como forma de garantir investimentos entre RS 30 bilhões e R$ 35 bilhões no setor.
O índice da Bolsa paulista acabou fechando em alta de 1,19%.
As cotações do dólar voltaram a cair. Segundo operadores, ontem, houve maior fluxo de dólares para a economia brasileira.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,160%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,68% ao mês, projetando rendimento de 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,74% ao mês, com rendimento de 4,30% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,7461%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 35% e 59% ao ano. CDBs pós-fixados de 123 dias: entre 13% e 14% ao ano mais TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,94% ao mês, projetando rentabilidade de 5,24% no mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 72% e 134% ao ano.
No exterior
Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,06% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,19%, fechando com 39.983 pontos e volume financeiro de R$ 204,71 milhões. Rio: valorização de 0,6%, encerrando a 18.883 pontos e movimentando R$ 16,007 milhões.
Bolsas no exterior
Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.420,76 pontos ontem. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.514,40 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,893 (compra) e R$ 0,894 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,894 (compra) e por R$ 0,896 (venda). ``Black": R$ 0,875 (compra) e R$ 0,885 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,885 (compra) e R$ 0,890 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,870 (compra) e R$ 0,905 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: queda de 0,91%, fechando a R$ 10,90 o grama na BM&F.
Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 11 de maio foi positivo em US$ 608,61 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 41,44 milhões. O saldo total está positivo em US$ 650,05 milhões.
No exterior
Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5720 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4410 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 86,33 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 383,50.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou a 4,29% no mês e para junho a 4,03% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 40.300 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para maio fechou a R$ 0,910 e a R$ 0,929 para junho.

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