São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995 |
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A Fiel se lembrará da Dalva de Oliveira
MATINAS SUZUKI JR.
O Corinthians terá, na semana que vem, uma maratona. Creio que entra no seu período crítico: ou decola agora, ou ficará em situação difícil. O pior adversário do Corinthians tem sido ele mesmo: a sequência de cartões vermelhos e amarelos e a falta de arrumação tática dos jogadores em campo. Por falar no alvinegro do Parque São Jorge, a tese do santista e editor Luís Schwarcz é que o Santos de hoje é o Corinthians de ontem. Luís disse que o santista destes tempos é o neo-sofredor: não ganha campeonatos, mas é alegre, fiel, aguerrido. E tem o Don Giovanni, que, como demonstrou contra o Moleque Travesso, atravessa o samba: é o diferencial de tudo. E, até agora, o Santos tem o melhor ataque do campeonato. Por isso mesmo, tudo indica que haverá muita agressividade (no bom sentido, espero), muita competitividade no jogo do Santos contra o Palmeiras, lá no crepúsculo de Cubatão. A cada jogo do Palmeiras, como os do Corinthians, a torcida se lembra da Dalva de Oliveira cantando ``Que será?". Um estilo árabe, ou melhor moçarabe, faz a política étnica da Nova Ordem Mundial e elimina, com um chute que rodou o mundo, todo o arsenal da terra que foi a dona da bola durante tempos. E o Cafu, hein? É a própria viúva Porcina. É campeão sem ter sido jogador. E não sabe em que time vai jogar. Caniggia no Palmeiras? Que idéia boa. E o Romário, hein? Fez uma rodinha na área do Vasco, e o Flamengo ganhou de 1 a 0. Fez outra rodinha na defesa do Cruzeiro, e o Flamengo ganhou por 1 a 0. O que acontece com o futebol inglês ninguém nunca jamais saberá. O Klinsmann foi para lá no bojo de um processo de renovação do futebol da terra de Sua Majestade. O processo parece que anda sendo abortado. E o Klinsmann volta para a Alemanha. Que, aliás, também está precisando dar um ``hype", como se diz por aí, no seu futebol. O Campeonato Italiano deverá ser decidido amanhã ou, mais tardar, no próximo domingo. Na quarta, tem decisão da Copa da Uefa. E, no dia 24, a final da Copa dos Campeões. Avisa lá que eu vou. O octogonal final no Rio está deixando a cidade que é berço das lindas canções em pé de guerra. A guerra santa. A guerra boa. A guerra do talento em campo. E é muito melhor ser bom de bola do que bom de bala, não é mesmo?. Texto Anterior: Equipe está sem vencer há 6 jogos Próximo Texto: 'Resgate' põe jogadores no vôo da seleção Índice |
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