São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995 |
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Milésimo gol profissional foi coroado por acaso
VALMIR STORTI
Os jogos do Exército não eram oficiais -não pertenciam a entidades filiadas à Federação Internacional de Associações de Futebol. Tampouco eram jogos profissionais. Pelé nada recebia para atuar. Por esse motivo, o jogador fez um ``outro milésimo gol", o profissional, no dia 4 de fevereiro de 1970, em Santiago (Chile). Mesmo sem badalação, aquele foi um dia especial para Pelé. Uma festa foi preparada para homenagear o ``Rei do futebol" e o ``milésimo gol" do Maracanã. Pelé entrou sozinho no campo do estádio Nacional. Passou por um corredor de atletas do Universidade Católica e do Dínamo, que haviam jogado a partida preliminar, e subiu num palco. À espera, estava o chefe de uma torcida organizada do América do México, Mario Carmona, com uma coroa de ouro e prata avaliada, então, em US$ 15 mil. Carmona fez a coroação acompanhada do seguinte discurso: ``Em nome dos torcedores do futebol do Chile, do México e do futebol latino-americano, como homem e como atleta, o coroamos hoje Rei Pelé". O Santos precisava vencer naquela noite o América para ter chances de conquistar o bicampeonato do Torneio de Santiago. Logo no primeiro tempo, fez 3 a 0 -três gols de Pelé, aos 14min, aos 24min e aos 43min. O terceiro gol, marcado, segundo o jornal chileno ``El Mercurio", ``depois de uma magnífica jogada de Coutinho", foi o milésimo gol profissional. Mesmo que por grande coincidência, a marca histórica teve uma homenagem sincera. (VS) Texto Anterior: Astro tinha regalias no quartel Próximo Texto: Dono de curtume tomou gol mil Índice |
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