São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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Técnicas "fortalecem" os espermatozóides

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Problemas com os espermatozóides são responsáveis por cerca de 50% dos casos de infertilidade.
O homem libera 50 a 70 milhões de espermatozóides em cada ejaculação. De cada milhão de espermatozóides, apenas um vai chegar próximo ao óvulo.
Ao longo do trajeto (desde a vagina até a trompa), os espermatozóides vão sendo naturalmente ``capacitados" (ganham força e passam a se movimentar mais).
Os problemas mais comuns estão no número de espermatozóides ejaculados ou nas suas propriedades (forma, função e capacidade de movimentação).
Hoje, há uma série de técnicas para fortalecer e ``capacitar" os espermatozóides que apresentam algum tipo de alteração.
Se o resultado da capacitação for muito bom, a inseminação artificial pode ser tentada (veja quadro abaixo).
Se o resultado for intermediário, a alternativa é a fertilização em laboratório (``in vitro").
Se o número de espermatozóides resgatados é muito baixo ou se eles não têm a menor capacidade de movimentação, a única alternativa é a sua colocação diretamente no interior do óvulo (ICSI).
Em alguns casos, o homem não tem nenhum espermatozóide ejaculado no líquido seminal. Através da punção dos epidídimos (estrutura por onde passam os espermatozóides) ou da biópsia dos testículos (local onde eles são produzidos), é possível obter alguns espermatozóides viáveis que podem ser usados na ICSI.
Uma técnica em desenvolvimento -a biópsia embrionária- poderá ser a grande novidade em um futuro próximo.
Uma única célula é retirada do pré-embrião (na fase em que está com oito células). A célula é examinada para checar se não há nenhuma anomalia nos cromossomos (material genético). (JB)

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