São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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Vocação maior é de veículo de carga

GT
DA REDAÇÃO

A S10, primeira picape de médio porte fabricada no Brasil, reúne muitas qualidades de um carro de passeio e de uma picape grande. Infelizmente, o pacote inclui também defeitos dos dois.
Testada por Veículos, a S10 se mostrou ágil e bem-acabada como carros, mas difícil de manobrar (a direção é leve, só que as rodas viram pouco), dura e gastona como uma picape ``de verdade".
Na cabine, falta o espaço típico das picapes grandes.
Apesar de sua bela ``cara" esportiva e dos equipamentos típicos de carros, a S10 é um veículo de carga, embora sua caçamba seja completamente desprotegida.
Sua suspensão traseira, por feixes de molas -sistema mais primitivo que o de molas helicoidais- e eixo rígido, faz a picape pular demais em piso irregular.
Mesmo as suspensões dianteiras absorvem menos que o ideal impactos com obstáculos quando a picape está com pouca carga.
Carregada, a S10 fica bem mais agradável, só que mais lenta.
Não há ruído de peças soltas, que indicaria pouca resistência, mas a caçamba produz ruído metálico em piso irregular.
Donos de carros não devem estranhar muito os comandos da S10. Quem já teve Chevette vai ficar à vontade. Os engates do câmbio, por exemplo, são muito parecidos com os do Chevette -firmes, precisos e algo pesados. Há um agradável ``clec-clec" de fundo musical nas trocas de marcha.
Como o Chevette também, dá a falsa impressão de paralisia no início de acelerações. A S10 não é nenhum foguete, mas dá para o gasto. É preciso afundar o pé no acelerador, sem pena.
Outro defeito compartilhado pela S10 e por outros carros GM é o excessivo aquecimento da cabine -em dias quentes, insuportável sem o ar-condicionado.

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