São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Alunos protestam contra falta de professores em cursos da USP
DA REPORTAGEM LOCAL A USP (Universidade de São Paulo), a maior e mais conceituada universidade do país precisa de professores. A ECA (Escola de Comunicações e Artes) é uma das mais prejudicadas.Segundo o diretor da ECA, Eduardo Peñuela Cañizal, artes plásticas e editoração são os cursos mais atingidos. Com a aposentadoria de dois professores, não havia quem ministrasse gravura, pintura, xilografia e desenho. O departamento recebeu permissão para contratar dois professores. Ainda assim, segundo Peñuela vai ser necessário mais um, para gravura. A falta de professores costuma ser sanada com a contratação de conferencistas (por exemplo, artistas plásticos dão aulas sem ter vínculo de emprego com a USP). O curso de editoração, precisa, ``em caráter de emergência" segundo o diretor, de três professores. A reitoria autorizou a contratação de um. Para os alunos, a situação é grave. ``No ano passado tivemos problemas com a disciplina ``artes integradas", diz Maurício Roberto Betioli, 20, aluno do segundo ano de artes plásticas. Segundo ele, um terço do curso foi dado por um professor de música e outro terço por um de artes cênicas. Não havia professor de artes plásticas. Na última terça-feira, quando houve reunião do Conselho Universitário com a presença do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, um grupo alunos realizou um protesto em frente ao prédio da reitoria contra a falta de professores. Maurício diz que prestou vestibular para USP por causa do prestígio da universidade. ``Hoje em dia penso que a Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), apesar de particular, deve estar melhor." Segundo a vice-reitora, Myriam Krasilchik, a reitoria pretende contratar 400 professores em quatro anos. ``Algumas unidades precisam mais de professores do que essas vagas históricas." O Instituto de Biociências abriu concurso para preencher cinco vagas. Ainda assim, sobram nove. O diretor, Eurico Cabral de Oliveira, não considera necessária a contratação de novos professores. ``O que precisamos é de auxílio técnico e de funcionários que liberem os professores. Eles estão sobrecarregados." Texto Anterior: Cientistas "ensinam" estudantes como é o trabalho de pesquisa Próximo Texto: Professor conheceu namorada em academia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |